domingo, 22 de abril de 2018

Obrigado, Julio Cesar!


Prezados Leitores,

O futebol permite lindos momentos e o dia 21 de abril de 2018 foi um deles: Julio Cesar eterno goleiro do Flamengo entrou para uma pequena galeria de exemplos que vestiram e honraram o manto rubro negro.

Para quem foi ao Maracanã, como eu, na noite de sábado, se viu mais que uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro mas, um momento digno para entrar na história: a despedida de um grande craque e uma vitrine para a nova geração do futebol.

O Flamengo sempre foi conhecido com adjetivos como Raça, Amor e Paixão. Adjetivos que não tem seguido atualmente a maioria dos 22 jogadores que vestem a camisa nos dias de hoje. Julio Cesar, contudo, mostrou que não é assim que se deve se portar. O "chorão" mostrou como se deve vestir a pele rubro negra, como um jogador do Flamengo deve realmente se portar em campo.

Na entrada nos gramados para o aquecimento a equipe foi recebida com vaias, coisa impensável no Flamengo na década de 80 e 90, algo real nos últimos 3 anos. Já Julio Cesar foi ovacionado, aplaudido, gritado...uma festa como não se via há anos nas quatro linhas!

52 mil vozes cantavam, gritavam, entoavam coros que não se ouviam há anos no Flamengo: "Fica"!; "Ah, é Julio Cesar"! Saudades desses cânticos, saudades dessa garra e nos dois sentidos: do brilhantismo do goleiro e da garra da equipe atual que não tem justificado a mística de vestir a camisa do Flamengo.

Mística que Adílio, Júnior, Zico, Bebeto, Juan e Julio Cesar justificaram. Mística que o elenco atual está longe de respeitar. O apito final nos trouxe de volta à realidade (triste? Não sei). Nas próximas semanas o Flamengo volta a disputar a Libertadores, a Copa do Brasil, ... O Vácuo de ídolos permanecerá...

Julio Cesar entra para a galeria dos ídolos. Seu gesto ao fim do jogo de se ajoelhar diante da torcida Raça Rubro Negra representou não só o reconhecimento e agradecimento a uma nação que sabe prestigiar e reconhecer os seus heróis. Que esse exemplo sirva de espelho para o elenco atual e que eles passem a dar em campo o que Julio Cesar deu ao Flamengo: Raça!

O Flamengo sempre foi um passaporte para a seleção brasileira: Zico, Júnior, Bebeto, Juan e Júlio César. Se faltou a ele a taça do HEXA com o Brasil não lhe faltou o reconhecimento de uma nação tupiniquim e rubro negra!

Obrigado, Julio Cesar!