Queridos leitores,
Sempre ao passar pela linha vermelha e ao avistar o campo do São Cristóvão (RJ), uma frase me chamava a atenção: “Aqui nasceu o Fenômeno”. Ronaldo Nazário que deu o Tetra e o Penta Campeonato ao Brasil, o Vice de 1998 e o 3º lugar nas Olimpíadas (1996 em Atlanta), anunciou a sua aposentadoria em entrevista emocionada na tarde de hoje.
Certamente a emoção não foi só dele, mas, de vários que tiveram nele um ídolo e uma inspiração de superação. Sim, porque da mesma forma que ele deu alegrias no campo, também foi exemplo fora dele. As inúmeras lesões que sofreu e o seu retorno triunfal em 2002, conquistando o Penta mostraram que tudo é possível com esforço e determinação.
Prefiro não comentar o tão polêmico “excesso de peso” mas, sim, acho interessante destacar que o Brasil perde um pouco do “futebol arte”. Todos iremos lembrar daquele que chegou a ser intitulado como o sucessor de Pelé, que como o “Rei” foi campeão mundial aos 17 anos.
Ronaldo tem sim todos os méritos e entra para a História do Futebol como craque. Estará para sempre nas imagens de jogadas fantásticas e arrancadas fenomenais, que lhe renderam o apelido de “Fenômeno”.
Ao lado de Ronaldinho Gaúcho, Juninho Paulista, Luizão a renovação dos anos 90 e 2000. Geração essa que começa a deixar saudades, tal qual como deixou a era de Romário, Bebeto, Dunga e Raí.
A década de 2010 começa com saudades, mas, com certezas: outros virão! O Bi Campeonato Sul Americano Sub 20 conquistado pela seleção brasileira deixa a garantia que a geração de craques do Brasil não morre nunca. Nomes como Neymar, Lucas passam a fazer parte do nosso cotidiano e alimentam os sonhos do Hexa.
Em 1994, o Ronaldinho, com apenas 17 anos, fazia o Brasil sonhar com o Tetra. Quem sabe Neymar e Lucas não serão os protagonistas do Hexa em 2014 e do tão sonhado ouro olímpico em 2016?
A você, Ronaldo Nazário, a quem chegaram a prometer até mesmo nome de rua no Rio em 2002, muito obrigado. As quatro linhas sentirão a sua falta. Não tenha dúvidas que você tem o seu nome para sempre escrito na História.
Um abraço,
Reinaldo Gallo
